segunda-feira, 10 de dezembro de 2007



PELO DOS CÃES

Cuidados com a pelagem:
Sem escovar ou pentear regulares, o pêlo de seu cão pode formar nós. Eles podem puxar e causar inflamações à pele sensível do cão, além de serem doloridos para remover. Mesmo os cães de pelagem curta e baixa precisam de escovação regular, para distribuir o óleo da pele e remover pêlos mortos. Com isso em mente, todos os donos de cães devem ter alguns acessórios de beleza à mão.

Um pente de pulgas com dentes finos dura para o resto da vida de seu cão. Também use esse pente para remover pêlos mortos e soltos. Se a pelagem de seu cão está muito embaraçada, não use um pente, pois você acabará machucando-o.

A escovação regular mantém a pele saudável, estimulando o fluxo sangüíneo e distribuindo os óleos naturais. Se seu cão tem pelagem curta, uma escovação semanal dá conta do recado. Entretanto, uma raça de pelagem grossa, longa ou desgrenhada, como um afghan ou old english sheepdog, pode exigir cuidados diários. Uma escova de cerdas de borracha pode prevenir a formação de nós e uma escova de couro curtido ou luva de borracha podem remover os pêlos soltos rápida e facilmente. Para melhores resultados, esteja certo de que você está penteando no sentido para baixo em relação à pele.

Use uma escova de cerdas naturais em cães de pêlo curto. Esse tipo de escova também pode ser usada em raças como husky e collie, que têm "pelagem dupla": uma pelagem macia por baixo e uma pelagem externa resistente. Uma escova de pinos de aço é melhor para cães de pelagem longa, como maltês, shih tzu e yorkshire. Alguns cães, como poodles, bichons frises, kerry blue terriers têm a pelagem cacheada ou ondulada, precisando do uso de uma escova de borracha com cerdas curvadas. Para aqueles com pêlos lisos, escorridos, sedosos e finos, como setters ou spaniels, a escova de pinos ou de cerdas de borracha são boas escolhas. Pergunte ao criador se a pelagem do cachorro requer um tipo de escova ou pente especial, especialmente se você quiser levar o animal para exposições.

Antes de começar a escovar, umedeça a pelagem de seu cão com um condicionador em spray. Isso ajuda a escova a se movimentar suavemente no pêlo e diminui a eletricidade e os fios partidos.
Para remover nós, coloque um pouco de óleo para bebê ou líquido desembaraçante em cada um. Após vários minutos, tente desprender e separar os fios do nó, usando os dedos ou o dente final de um pente. Escove cuidadosamente cada uma das partes desprendidas, indo devagar para não machucar seu cão. Em casos mais sérios, a pelagem inteira terá que ser cortada.

Você deve reparar que a pele e os pêlos de seu cão ficam mais secos durante o inverno e que a pelagem fica estalando com a eletricidade estática toda vez que você o acaricia ou escova. Todos na casa se sentirão melhor se você colocar um umidificador nas épocas mais quentes. Após o banho, trate a pele de seu cachorro com um condicionador especial. Uma leve camada de vaselina também pode ajudar a aliviar almofadas dos pés secas e quebradiças.
Uma das principais características dos mamíferos é a pelagem. Existem algumas exceções, como por exemplo os pangolins (ordem Pholidota) que apresentam uma cobertura de placas córnicas superpostas (histologicamente semelhantes às unhas humanas); os tatus que têm, além dos pelos, uma capa protetora de escudos córnicos; as formas aquáticas (baleias, golfinhos e hipopótamos) que têm muito pouco, ou nenhum pêlo e aqueles em que os pêlos são espinhos, como porco-espinho e ouriço.


Os pêlos são derivados da epiderme (do mesmo modo que penas e escamas) e devem ter evoluído das escamas dos répteis, uma vez que são formados pela mesma substância córnea, e queratina.

A pelagem é constituída por duas camadas: o sub-pêlo e o sobre-pêlo, cada uma delas com um tipo de pêlo diferente e com funções diferentes. O sub-pêlo é formado por pêlos numerosos e finos, a penugem, mais curtos que os do sobre-pêlos. Na espécie humana, o que sobrou do sub-pêlo é a fina penugem que recobre o corpo e mesmo os sobre-pêlos têm distribuição restrita. Uma das funções do sub-pêlo é, sem dúvida, ajudar o mamífero a manter sua temperatura interna - a evolução da pecilotermia dos répteis para a homotermia dos mamíferos deve ter sido possível após a aquisição de pêlos. Esta função termorregulatória dos pêlos é devida ao fato de que eles forçam uma camada de ar a ficar parada próximo à pele, minimizando a perda de calor por convexão. Tanto o sub- como o sobre-pêlo têm também uma função protetora contra ferimentos na pele. O sobre-pêlo, especialmente as vibrissas, pode ter função táctil e também ajuda a proteger o sub-pêlo contra a água, o que é bem evidente na lontra, por exemplo, cujos longos e oleosos pêlos não permitem que o sub-pêlo se molhe.


Do ponto de vista da cor, a função mais importante dos pêlos tem a ver com o relacionamento de um mamífero com outros animais, tanto da sua própria como de outras espécies. As cores e sua distribuição, dependem da natureza e da distribuição do pigmento. Isto é o que o outro animal vai enxergar. Assim como a audição e o olfato, a visão é da maior importância na comunicação entre o animal e seus vizinhos. Se um mamífero não consegue comunicar informações como preferências para cruzamento, ameaças e avisos, ele não estará representando na próxima geração de sua espécie.


A gama de cores dos mamíferos não é muito grande. Ela vai do branco, via cinza, até o preto e do preto, via marrom, até amarelo e avermelhado. o vermelho e o azul (como no mandril) ocorrem como cor de pele e as preguiças parecem verdes, devido à presença de algas verdes, microscópicas, em seus pêlos. Como a maioria dos mamíferos apresenta visão monocromática, os tons e sua distribuição são mais importantes que as cores.


A cor preta é o resultado da não reflexão de todos os comprimentos de onda possíveis. Partículas muito pequenas podem causar a dispersão dos vários componentes da luz branca ("dispersão de Tyndall"), sendo mais que os de ondas longas. Como resultado, a luz dispersa vem principalmente da extremidade violeta e azul do espectro (motivo pela qual o céu é azul). Na verdade, as cores azuis são freqüentemente devidas a este fenômeno. O azul dos olhos de alguns humanos e felinos, por exemplo, é devido à presença de minúsculas partículas protéicas na íris, que levam à "dispersão de Tyndall". A intensidade do azul varia conforme a concentração de pigmento preto na úvea.


Fora o caroteno na gordura de alguns animais e no corpolúteo, os outros pigmentos presentes nos mamíferos são a hemoglobina e a melanina. A hemoglobina, em geral, não é responsável pela coloração superficial, a não ser quando a pele é muito clara, transparente e, por isto, reflete a cor das hemáceas que circula, nos capilares superficiais. A melanina é a responsável pela produção das cores em outros seres vivos, como cogumelos, o fungo Neurospora, platelmintos, muitos insetos e, praticamente, em todos os vertebrados.


Apesar da grande variabilidade dos padrões de pelagem encontrados em cães e gatos, eles são todos conseqüência da presença do pigmento MELANILA. Este pigmento pode ser de dois tipos: EUMELANINA (preto e castanho) e FEOMELANINA (amarelo; bronze/tan; vermelho). Os pigmentos são produzidos em células especiais, os MELANOSSOMOS, nos pêlos e na epiderme. Os pigmentos são produzidos a partir da TIROSINA, com ajuda da tirosinase(Fig. 1)







Figura 1 - Esquema das vias biossintéticas da produção dos pigmentos FEOMELANINA E EUMELANINA, a partir da TIROSINA.

A tirosinase é sintetizada nos ribossomos e transportada, via retículo endoplasmático, para o complexo de golgi, de onde se originam vesículas que contém a enzima. Estas vesículas são chamadas PRÉ-MELANOSSOMOS. No interior destes pré-melanossos, a tirosinase produz a melanina a partir da tirosina. Quando a vesícula está completamente cheia de melanina, ela passa a ser chamada de MELANOSSOMO.